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Primeira consulta com um psiquiatra: como é?

A primeira consulta com um psiquiatra pode ser uma experiência que gera bastante ansiedade em algumas pessoas, especialmente se nunca houve nenhum contato com qualquer profissional da saúde mental antes. Portanto, aqui vão alguns pontos a se prestar atenção em uma primeira consulta com um psiquiatra:

Se por acaso você já possui um prontuário, histórico de atendimentos anteriores, uma lista de medicamentos que fez ou faz uso atualmente, não se esqueça de levar para o psiquiatra dar uma olhada.

É importante que o psiquiatra saiba caso você já tenha ido a outro profissional da saúde mental, pois ele pode usar as informações dos atendimentos anteriores para auxiliar no diagnóstico e tratamento atual.

Também é necessário que o psiquiatra saiba se você já tomou algum medicamento psiquiátrico antes e como você reagiu a esta medicação, pois desta forma ele pode avaliar se há a necessidade de continuar a medicação, alterar doses, alterar a medicação ou até mesmo tirá-la por completo, dependendo do caso.

Se você já possui um diagnóstico ou suspeita de uma possibilidade diagnóstica, não deixe de comentar isso com o psiquiatra. Ele pode fazer uma série de perguntas para tentar compreender melhor a situação, bem como tentar diferenciar de outros transtornos que podem ter sintomas parecidos ou sobrepostos.

É possível que o psiquiatra o encaminhe para fazer alguns exames. Isso porque há uma série de transtornos que possuem sintomas muito parecidos com sintomas que surgem a partir de doenças físicas. Um exemplo destes casos é a hipotireoide, que pode imitar sintomas de um transtorno depressivo — e neste caso apenas o tratamento psiquiátrico não é o suficiente, sendo necessário um tratamento com um endocrinologista também.

Há também transtornos que são difíceis de diagnosticar sem testes adicionais, como o transtorno do espectro autista e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Os testes para auxiliar no diagnóstico de tais transtornos são testes psicométricos, que avaliam questões como atenção, memória, inteligência não verbal, entre outras, e são aplicados por psicólogos capacitados.

Nem sempre é possível sair da primeira consulta com um diagnóstico. Frequentemente, o psiquiatra pode apenas levantar algumas hipóteses a partir da primeira consulta, e ao longo do tempo investigar mais a fundo como essas hipóteses se manifestam na vida da pessoa. É importante ter em mente que existem transtornos que podem levar meses ou até anos para serem adequadamente diagnosticados ou tratados, portanto é preciso ter paciência.

Também não é sempre que o psiquiatra irá prescrever medicamentos. Nem todas as pessoas precisam de medicação, e nestes casos é frequente que o psiquiatra apenas encaminhe para uma psicoterapia. Isso não significa que o trabalho do psiquiatra acabou: ele pode continuar acompanhando o caso e intervir caso haja necessidade.

Transtornos mentais, apesar de frequentemente crônicos, não são como doenças físicas que, quando aparecem, precisam de medicação para o resto da vida. Existem pessoas que entram em remissão e não precisam mais de tratamento, assim como existem pessoas que entram em remissão mas, ao parar com o tratamento, voltam a ter recaídas. Cada caso é um caso e apenas profissionais da saúde mental são capacitados para avaliar e recomendar tratamentos.